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comparação entre formatos
Parte 3: Soft matte
Letterbox vs. Pan and Scan

A definição de "soft matte" pode ser encontrada no Glossário. O termo refere-se à utilização de todo o negativo, apesar de se conceber um enquadramento mais largo a ser formado no projector, tapando-se o filme acima e abaixo com a "moldura" apropriada. Com frequência, os distribuidores utilizam a imagem extra para obter cópias vídeo de écran cheio em que os cortes, ao enquadramento original, não são tão notórios.

«Rear Window», de Alfred Hitchcock, concebido para uma projecção a 1.85:1 (esquerda). A imagem da direita não traz nada ao filme que o cineasta desejasse. A desculpa da imagem pequena não é aplicável aqui, já que não se amplia nada e a cópia widescreen estará à mesma exacta escala da cópia pan and scan/écran cheio.

«Independence Day», rodado em Super 35. Este processo utiliza uma área considerável do negativo, de onde se extrai uma imagem a 2.35:1 (scope). Os planos de efeitos especiais são rodados em hard matte, não existindo imagem extra para o vídeo, "necessitando" de pan and scan convencional. Nos planos de imagem real, a transferência utiliza os dois métodos; "abre" um pouco, acima e abaixo, e corta lateralmente. Tem sempre de se cortar porque a área utilizada do negativo é inferior à da TV (1.33:1).

No entanto, como tudo depende sempre do técnico que faz a transferência que, recorde-se, raramente está ligado aos cineastas que conceberam os planos, não é invulgar que algumas imagens sejam cortadas convencionalmente. Para o público de TV, "espaço morto" pode assumir contornos muito diversos. Aqui, como em muitos casos semelhantes («Se7en», por exemplo, está repleto de cenas assim) removeu-se o objecto do cenário em que se inseria.

«The Fifth Element» foi também rodado em Super 35, mas devido a razões técnicas, relacionadas com a mistura de imagens digitais e reais com a utilização de lentes scope. Nesta imagem, onde a maioria dos elementos é digital, a cópia de écran cheio tem de cortar o enquadramento convencionalmente (não se filmou nada acima ou abaixo da imagem da esquerda).

«Terminator 2»: James Cameron é um (o?) cineasta que, de facto, compõe os dois enquadramentos simultâneamente. Mesmo que se admita que a atitude implica menos perdas, há sempre compromisso na formação da imagem para as salas de cinema. O plano em questão, utilizando um modelo, permite mostrar mais do mesmo na cópia televisiva em pan and scan.

Neste caso, a cópia de écran cheio desequilibra o design do monitor do Exterminador, cortando a listagem dos dados à esquerda e à direita.
Estas imagens estão disponíveis, em "Why Widescreen", com excepção de «Rear Window», disponível no "The American Widescreen Film Museum". Nestas páginas pode encontrar mais informação (em inglês) e mais imagens comparativas.
só há uma maneira...
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