A.C.E. Anamórfico A.S.C. Cameo CinemaScope Classificação Fullscreen Hard matte Letterbox Matte |
M.P.S.E. NTSC PAL Panavision Pan and scan Soft matte Spoiler Super 35 Surround Widescreen |
A.C.E.
Iniciais frequentemente associadas nos créditos de filmes a alguns técnicos de montagem. American Cinema Editors (Técnicos de Montagem Cinematográfica Americanos), fundada em 1950. Os membros são admitidos apenas por convite. Edita a revista Cinemeditor, e atribui os prémios Eddy.
Anamórfico
Os formatos alargados obtém-se através da utilização de uma lente anamórfica na câmara, que vai comprimir
a imagem. Outra lente, colocada no projector, irá descomprimi-la.
Os formatos alargados são também obtidos através de outros sistemas, nomeadamente os que extraem um rectângulo 2.35:1 de uma secção do negativo, em vez de comprimirem a imagem, mas as cópias de distribuição são exibidas também através da utilização de lentes anamórficas. As fichas técnicas que encabeçam os comentários não fazem distinção, o que não invalida que tal possa ser referido no texto, caso algo o justifique. O termo é empregue para identificar filmes em formato alargado, independentemente do sistema utilizado na rodagem. (Veja Super35)
![]() Imagem comprimida no filme (esq.) e descomprimida no grande écran de cinema (dir.) através de uma lente de projecção especial (centro). A imagem da esquerda era comum em cópias antigas formatadas para TV. Como se sabe ainda hoje se considera grave cortar logotipos e créditos, mas não há qualquer problema em cortar metade da imagem dos filmes.
A.S.C.
Cameo
![]() O CinemaScope foi introduzido em 1953 com o filme «The Robe». Os cartazes anunciavam "o milagre moderno que você vê sem óculos" e "som estereofónico de alta fidelidade". A primeira frase visava esclarecer o público que iria ver um espectáculo em grande écran sem os inconvenientes dos filmes em 3D. O som estereofónico demorou a constituir padrão, a adoptar pela generalidade das salas. Mesmo hoje existirão salas sem som estereofónico, apesar da vulgarização dos sistemas digitais de 6 canais. O sistema seguiu-se às experiências com o Cinerama, em 1952, que utilizava três câmaras e três projectores para obter uma imagem bastante larga. A 20th Century Fox adquiriu os direitos da lente anamórfica de Henri Chrétien, expondo em todo o negativo uma imagem comprimida numa proporção de 2:1. Deste modo os primeiros filmes em CinemaScope ocupavam um rectângulo de 2.66:1. A necessidade de juntar quatro pistas sonoras magnéticas encurtou o espaço do negativo passando-se para um ratio de 2.55:1. Os operadores cinematográficos resistiram à introdução do som estereofónico devido aos elevados custos, e fizeram lobby para a manutenção de uma pista sonora em mono, culminando com uma nova redução na largueza do écran: 2.35:1, que é o actual padrão para os filmes em formato alargado, filmados com lentes anamórficas ou não. Em 1966 a própria 20th Century Fox passou a utilizar as lentes Panavision, que entretanto se desenvolveram como uma melhor alternativa para filmes anamórficos. Traduzido e adaptado de The American Widescreen Museum (©1997).
Classificação
São utilizadas com frequência classificações
intermédias, usando um meio-fotograma (
Há que ter em atenção que classificações
de 4,5 e 5, tal como as de 1,5 e 1, são mais subjectivas
que as restantes, no sentido em que são atribuídas
para além das qualidades presentes no filme, ou seja, provocaram
reacções físicas e espirituais positivas
ou de quase-esquizofrenia, respectivamente.
Classificação
especial para filmes da categoria "Lixo"
A "secção lixo" foi abandonada por tendencialmente recolher o mesmo género de obras e porque se considerou que a "divulgação" de "maus" filmes não fazia muito sentido. No entanto, esta classificação será atribuida sempre que se comente um filme verdadeiramente digno de a receber.
Fullscreen
Hard Matte
![]() Efeito resultante da transferência de um filme para vídeo com respeito pelo formato cinematográfico original, e que resulta no efeito secundário de "barras pretas" em cima e em baixo da imagem (em raras excepções há uma única barra em baixo, melhor acomodando a legendagem de filmes estrangeiros). O termo widescreen é usado com mais frequência na identificação do estado das cópias vídeo. Infelizmente a mera aparência de "espaço negro não utilizado" não significa que o formato tenha sido integralmente respeitado; em alguns casos fazem-se compromissos, ou transferências em widescreen parcial (2.1:1 ou 1.85:1 em vez de 2.35:1, por exemplo).
Matte
M.P.S.E.
NTSC
Transferências filme – vídeo. Vd. o que é referido em relação ao PAL. Neste sistema não se poderia apenas transferir o filme a 24 IPS para vídeo a 30, pois a aceleração seria demasiado óbvia. Assim, faz-se uma compensação através de repetição de frames. A duplicação faz-se num esquema 2/3/2/3/…, i.e., um frame de filme em dois campos vídeo; um frame de filme em três campos de vídeo; etc. No PAL não se faz qualquer compensação e um frame de filme é sempre copiado para cada frame vídeo (dois campos; 2/2/2/…). Tenha em conta que em vídeo estamos sempre perante frames com dois campos. Países que usam o NTSC: Antigua e Barbuda, Aruba , Bahamas, Barbados, Belize, Bermudas, Bolívia, Brasil (PAL-M, compatível), Canadá, Chile, China (Taiwan), Colômbia, Coreia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Estados Unidos da América, Ilhas Fiji, Filipinas, Grenada, Guam, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Japão, México, Micronesia, Myanmar, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis, St. Lúcia, São Vicente e Grenadines, Samoa, Suriname Oriental, Tonga, Trindade e Tabago, Venezuela, Vietname (NTSC/SECAM), Ilhas Virgens, Ilhas Virgens Britânicas, Ieméne (PAL/NTSC). Fonte: http://www.imvs.com/ (loja on-line)
PAL
Transferências filme - vídeo. Costuma existir alguma confusão em relação a esta matéria, mas revela-se relativamente simples depois de nos debruçar-mos sobre ela. Não interessando entrar em pormenores demasiado técnicos, o que há a reter é que, para lá da óbvia perda de definição na imagem - o filme não está limitado por "linhas" -, mais ou menos notória consoante a qualidade dos masters e das cópias, um filme transferido para PAL sofre uma aceleração de 1/25. Isto é, o filme é projectado a 24 imagens por segundo, e o PAL, como se viu, corre a 25 e cada frame de filme tem de ocupar um frame de vídeo. Para saber o tempo que um filme deve ter em vídeo basta subtrair 1/25 (4%) ao seu tempo real. Um filme com 100 minutos numa sala de cinema terá 96 minutos em vídeo. (vd. também a questão dos tempos nas Perguntas Feitas Frequentemente). Poderia fazer-se uma compensação semelhante ao que se faz em transferências filme – NTSC, mas tal não ocorre porque a diferença de velocidade é imperceptível para a maioria das pessoas.
Países que usam o PAL: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canárias, China, Dinamarca, Dubai, Espanha, Ilhas Fiji, Finlândia, repúblicas da ex-Jugoslávia, Grécia, Holanda, Hong Kong, Islândia, Índia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Jordânia, Malásia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Portugal, Quénia, Reino Unido, Singapura, Sri Lanka, Suécia, Suíça, Tailândia, Turquia, Zâmbia, Zimbabwe. Fonte: http://www.imvs.com/ (loja on-line) ![]() Marca registada. É o mais utilizado processo anamórfico nos dias de hoje, comprimindo a imagem filmada num negativo a uma ratio de 2:1, sendo depois descomprimida, pelo processo inverso, no projector. A Panavision começou a produzir lentes de projecção em 1954, e cedo se dedicou a tentar produzir uma lente que podesse ser usada em qualquer sala de cinema, podendo ser adaptada a qualquer formato, ao contrário das convencionais lentes de CinemaScope que obrigavam a equipamento específico. Nesta altura, isto levava muitos filmes a serem rodados simultaneamente com duas câmaras; uma com uma lente anamórfica, outra com uma lente normal. A Panavision distribuiu as lentes a todos os estúdios, que assim começaram a preferir o processo ao CinemaScope, pelo qual a 20th Century Fox cobrava direitos de utilização. Além disso o CinemaScope gerava alguma distorção, demasiado patente em close-ups, parecendo que os actores tinham os rostos inchados. Evitava-se pois close-ups nos formatos alargados. Mas a Panavision não só corrigiu a distorção como melhorou a definição da imagem, e cedo grandes estrelas começaram a exigir ser fotografadas com essas lentes. Hoje a Panaflex é o padrão universal, devido a um conjunto de câmaras leves, silenciosas e flexiveis, alugadas pela empresa.
Quando um filme usa o material da Panavision os créditos devem mencionar "Filmed with Panavision Cameras and Lenses". Também é frequente "Panaflex camaras and lenses by Panavision". Se o processo foi anamórfico deve ler-se "Filmed in Panavision". O que nem sempre sucede. ![]() Processo de adaptação de um filme para vídeo, cuja preocupação última é encher o écran televisivo. Como os formatos usados são quase sempre mais largos que 1.33:1 (ou 4:3 - TV), seleccionam-se fracções da imagem cena a cena. Daí o termo pan, ou deslizar da esquerda para a direita. Basicamente, é a forma de colocar um rectângulo noutro mais pequeno cortando o que não cabe, para evitar o efeito secundário das barras pretas, e da imagem supostamente demasiado pequena. Este processo deixa de fora mais de 40% de filmes rodados em formato alargado. Mais detalhes em Formatos de Cinema na TV.
Soft Matte
Spoiler
![]()
Processo destinado a obter um formato alargado no écran de cinema, mas a permitir uma maior facilidade de transferência vídeo, nomeadamente reduzindo a perda de imagem. O processo não é um verdadeiro 'scope', pois não usa lentes anamórficas. Filma-se uma área de aproximadamente 1.6:1, e depois selecciona-se uma secção para as cópias em formato 2.35:1, que serão feitas do mesmo modo que as cópias scope convencionais. Ao contrário do Panavision, que usa todo o negativo, o Super35 desperdiça quase metade, perdendo o correspondente em definição, já que ambas as imagens vão ser projectadas em écrans do mesmo tamanho.
Para vídeo, possivelmente a principal a razão de ser do sistema (apesar de se preferir pontualmente por razões técnicas específicas), abre-se a imagem cinematográfica ou corta-se - como no pan and scan normal -, consoante o interesse de quem controla o sistema. Os efeitos especiais nunca usam toda a área, por motivos económicos, e são sempre cortados convencionalmente para a cópia vídeo. Isto é, «Reservoir Dogs», um filme sem F/X, tem informação redundante na cópia de écran cheio, e muito pouco será cortado lateralmente (que se note sem comparar lado a lado com a composição original), enquanto que «Terminator 2» ou «True Lies» terão muitas sequências maciçamente cortadas.
O grande impulsionador do sistema é actualmente James Cameron, e é ele próprio que coordena a transferência para vídeo dos seus filmes. Quando filma visualiza de imediato dois enquadramentos. Faz "dois" filmes ao mesmo tempo. Afirmou mesmo que preferia a versão pan and scan de «O Abismo». Outras fontes esclarecem que se referia à excelente definição da cópia.
Surround
Widescreen
Outras definições podem encontrar-se no Internet's Filmmaker's FAQ e no glossário da Internet Movie Database. |