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Tornado/Twister Realizado por Jan De Bont EUA, 1996 Cor - 117 min. Anamórfico Com: Helen Hunt, Bill Paxton, Cary Elwes, Jami Gertz, Lois Smith, Alan Ruck, Philip Seymour Hoffman, Sean Whalen, Scott Thompson, Todd Field
Paxton deixou a mulher (Hunt), que estuda
tornados, para ser meteorologista de TV e surge com
a nova noiva (Gertz) para recolher assinaturas nos papéis
de divórcio. Nunca percebemos porque é que eles
se separaram, mas depressa constatamos que são os personagens-cliché
que surgem separados no início do filme, para que o-que-quer-que-trate-o-argumento
os junte no fim. São iguais a Goldblum e à mulher
em ID4. Por isso não interessa procurar
compreender porque é que dois personagens se amam e precisam
de se meter no meio de efeitos especiais extremamente caros para
concluir que o lógico é estarem juntos, se um conselheiro
matrimonial seria milhares de vezes mais barato (ou uma segunda
lua-de-mel, um filho, um cérebro, etc.)
A premissa do filme é o estudo de tornados.
Para os maus da história temos uma equipe rival, liderada
por Elwes. São mesmo maus: os carros são pretos
e são ricos, financiados por grandes corporações.
Os bons têm poucos meios e usam a inteligência. Será
que os criadores do filme estão a gozar com eles próprios?
É que isso é a descrição do filme:
caro, com grandes meios e perfeitamente imbecil.
A certa altura para melhorar a máquina
de análise (Dorothy), surge a brilhante ideia e requer-se
"todo o alumínio que se encontrar". E não
é que são *só* latas de Pepsi?
É incrível - de facto - o que
se pode fazer hoje em dia com computadores ligados ao cinema.
Também é incrível a desnecessidade acrescida
de escrever argumentos, fornecer intensidade dramática
aos personagens, etc. Os 'twisters' estão perfeitos, o
som está realisticamente envolvente. Talvez se requeiram
mini-filmes com estas temáticas - só com efeitos
especiais - para serem integrados em atracção de
Feiras Populares, com cadeiras móveis vibrantes e écrans
curvos tridimensionais. Seria óptimo. O formato filme não
é o ideal para este material e é tempo do cinema
se libertar deste género de filmes, dar-lhe um espaço
próprio.
Curiosidade: a classificação
nos EU, para maiores de 12 (PG-12), foi justificada pelo MPAA
devido ao "intenso retratar de muito mau tempo". |