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Gau Yat San Diu Hap Lui/Saviour of the Soul
Realizado por Corey Yuen Kwai e David Lai Dai-Wai
Hong Kong, 1991 Cor - 96 min.

Com: Anita Mui Yim-Fong, Andy Lau Tak-Wah, Gloria Yip Wan-Yi, Aaron Kwok Fu-Sing, Kenny Bee (Chung Chun-To), Carina Lau Ka-Ling, Corey Yuen Kwai

Num flashback vemos Yiu May-Kwan (Mui) a defrontar um criminoso chamado Old Eagle. A movimentada abertura mostra o super-vilão Silver Fox (Kwok) a tentar libertá-lo da prisão. Com a morte deste, Fox procura vingar-se de May-Kwan, uma agente de uma espécie de elite policial, num Hong Kong futurista. Ela é acompanhada por dois homens, ambos apaixonados por ela: Ching (Lau) e Siu Chen (Bee). Fox ataca o grupo, tentando matar May-Kwan. Receando que a vingança do criminoso tenha consequências naqueles que a rodeiam, May-Kwan opta por ocultar-se durante algum tempo, deixando Ching destroçado e encarregue da educação da irmã de Siu Chen (Yip).

O argumento de «Saviour of the Soul» é de Wong Kar-Wai, aclamado realizador de «Chungking Express» e «Fallen Angels», inspirado vagamente numa manga Japonesa. Esta componente é notória no modo de filmar esta película de acção futurista, com sequências visualmente aparatosas, que lhe conquistaram epítomes como o de "melhor manga-em-movimento". Há momentos de humor slapstick hiper-exagerado que, pontualmente, poderiam ter sido postos de parte, como em algumas cenas com a irmã gémea de May-Kwan (também Anita Mui, mas dobrada por alguém com voz grossa), mas não detraem particularmente da apreciação desta obra.

Saviour of the Soul O estilo de Wong está levemente patente nos métodos narrativos, em particular no recurso à narração pelos personagens centrais, que assim nos revelam os seus sentimentos mais profundos. Há uma mistura de ingredientes que pode ser de difícil digestão para alguns espectadores. O motor da narrativa é um romance entre os personagens de Andy Lau e Anita Mui, com momentos melodramáticos, o cenário é de ficção científica, os combates são de artes marciais, o humor é um pouco inconsequente, cartoonesco e exagerado. Requer-se uma certa abertura de espírito e alguma paciência para a legendagem redutora (pelo menos na cópia vista). Apesar de dificilmente poder agradar a todos, será, com alguma segurança, um objecto fascinante para os amantes do género (e de todos os subgéneros…)

Cópia Britânica (Made in Hong Kong) em widescreen, legendada em Inglês e Chinês, mas com o som um pouco distorcido (é um dos poucos filmes de HK gravado em stereo). Aprovada pelos censores sem cortes, aliás com um mero '15'.

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Publicado on-line em 17/1/99.