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A Lei de Dredd/Judge Dredd
Realizado por Danny Cannon
EUA, 1995 Cor - 96 min. Anamórfico
Com: Sylvester Stallone, Armand Assante, Rob Schneider, Jurgen Prochnow, Max von Sydow, Diane Lane, Joanna Miles, Joan Chen, Mitchell Ryan, Balthazar Getty

No futuro a terra está seca e coberta de radioactividade e os seres humanos vivem em gigantescas cidades, dentro de redomas. Por questões práticas - e burocráticas, supõe-se - o sistema legal comporta agora Juízes que executam a lei no momento. Só lhes falta o poder legislativo, mas imaginar Stallone a criar normas dá umas certas dores de cabeça. É a base da banda desenhada da 2000 A.D. onde os personagens, criados por John Wagner e Carlos Ezquerra, se movem.

A acção passa-se Mega City One, e o pretenso argumento traz-nos um irmão gémeo de Judge Dredd que vai estar na origem de uma cilada para o dar como criminoso (devido ao DNA). É ainda mais básico do que parece, e, quem sabe o argumento escolhido tenha sido apreciado pela produção por justificar que Dredd andasse praticamente sempre sem capacete. Na BD o uniforme do herói é aquilo que o identifica. O cinema é diferente, mas imagine-se o Homem-Aranha sem máscara para não se despentear ou o Batman com alergia à borracha na cara, e teremos um argumento tão natural como este. Muitas cenas foram desenhadas no storyboard com a máscara (como a do julgamento), mas depois alguém deve ter concluído que a cara de Stallone tinha de aparecer na maioria dos planos.

Tem todas as características de um mau filme de Sylvester Stallone: é básico; diálogos com uma frase (curta) de cada vez, para cada personagem; vive da porrada... Mas tinham de relacionar o «argumento» com a banda desenhada do Judge Dredd. Porquê? O público que foi ver iria na mesma. É um filme do Stallone, pronto. Não é um filme para quem conheça a BD do Judge Dredd (então porque foram gastar dinheiro em direitos?), mas apenas para quem gosta de filmes do Stallone.

(Se Stallone fizesse de Homem-Aranha desencantavam um argumento em que Peter Parker é acusado injustamente de um crime, e a cinco minutos do fim do filme, ilibado, voltaria a vestir o uniforme.)

No início surgem letras a apresentar o filme, com leitura de James Earl Jones, ao jeito de «Star Wars», só que, como o crítico Roger Ebert relembra, em 1977 as audiências americanas não precisavam que lhes lessem o texto.

A cópia vídeo traz uma inovação: a sequência dos títulos usa as mesmas imagens, com caracteres introduzidos especialmente para o écran de TV, para que não se mostre um segundo do formato real do filme. Em seguida surge logo um plano do ombro de um homem, à esquerda, e algo que parece uma nave à direita... O filme já é mau; vê-lo em meio écran não ajuda. Isto porque os créditos não se podem cortar, mas quase metade da imagem - onde não estiver o Stallone - pode-se.

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