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Pacha e o Imperador/The Emperor's New Groove
Realizado por Mark Dindal
EUA, 2000 Cor – 77 min.

Com as vozes de David Spade, John Goodman, Eartha Kitt, Patrick Warburton, Wendie Malick, Eli Russell Linnetz, Kellyann Kelso, Bob Bergen

Algures na América do Sul, num passado distante. Kuzco (Spade) é o imperador egoísta e egocêntrico que Yzma (Kitt), a sua conselheira tenta envenenar. Mas o assistente da vilã dá mais atenção à culinária do que ao homicídio e Kuzco ao invés de morrer torna-se num lama. Os acasos do destino fazem com que Kuzco precise da ajuda de Pacha (Goodman), representante da aldeia que o imperador queria demolir para construir uma residência de férias.

Disponível em DVD nos EUA meses antes da estreia nacional, «The Emperor's New Groove» afasta-se em tom das últimas propostas do estúdio. Visualmente também se evita a inserção de cenas deslumbrantes criadas digitalmente, sendo que tais elementos foram integrados na animação tradicional e concebidos para com ela se misturarem perfeitamente.

Talvez influenciados pela atitude de outros filmes animados produzidos pela concorrência, ou pelos projectos da Pixar, «The Emperor's New Groove» é um filme “para todos”, que não deixa de funcionar com adultos e crianças. O tom menos politicamente correcto de algumas cenas, polvilhado por uma certa loucura, característica de cartoons clássicos da Warner Bros., também poderá surpreender os que estiverem preparados para um filme tipicamente Disney.

Tendo em conta algumas charopadas ou a excelente animação sobreposta por infindáveis e insuportáveis cançonetas de Phil Collins ou Elton John, é de louvar que a Disney tenha permitido que os cineastas se afastassem do projecto original, que se chamaria «Kingdom of the Sun» e que teria uma forma similar a outros títulos populares da Disney (incluindo cançonetas insuportáveis). As canções que existem aqui (ainda se consegue vender alguns milhares de CDs) ajustam-se perfeitamente no filme, reduzindo-se ao início e aos créditos finais.

O que se diz acima sobre o “politicamente incorrecto” deve ser interpretado com a devida contenção. Os cineastas alteraram a cena final, por recomendação de Sting, dado ser “socialmente irresponsável” e por desrespeitar a cultura nativa... E vivam as boas intenções. Tal não é propriamente coerente com a política do estúdio, que apresenta, por norma, civilizações de países remotos e de eras diferentes da nossa história, com personagens que se comportam como americanos modernos médios.

***1/2
classificações

Adaptado parcialmente de um comentário à edição especial em DVD escrito para o site DVDPortugal.

Publicado on-line em 23/9/01.